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Image by Olga Thelavart

A ânsia de produzir

  • Foto do escritor: amandathomazpsi
    amandathomazpsi
  • 8 de mar.
  • 1 min de leitura

Acabei de ler um e-mail e me lembrei que estou há tempos querendo fazer minha própria newsletter com assuntos de Psicologia e vida cotidiana. Experimentei uma inquietação similar à ansiedade do dia a dia que sentimos ao dar (ou não) check em cada tarefa diária.


Parei e refleti sobre isso.


Nos colocamos em um lugar em que precisamos fazer um esforço ativo constante, enquanto não é natural para nosso corpo não viver momentos passivos.


Não existe mais espaço para sentarmos para ler uma newsletter sem pensar que nesse tempo poderíamos estar escrevendo uma. Não nos autorizamos mais em pegar sol na praia sem a autocobrança de realizar alguma atividade no celular que antecipe nosso trabalho. Nem mesmo nos momentos de socialização conseguimos nos livrar da angústia de utilizar nosso tempo com algo que não é produzir, adiantar, resolver, solucionar.


Até quando ouvimos nossos amigos queremos instantaneamente sugerir o que pode ser feito, em vez de simplesmente buscar compreender aquela experiência tão singular que ele vive. E ainda que você tenha vivido algo parecido, nunca é o mesmo. Sempre aprendemos com nesse laboratório experimental das relações.


Eu também estou nessa busca.


Ao ler notícias, prontamente vim aqui produzir. Dei espaço para um processo interno, porém não resisti ao automatismo de “fazer algo” com minhas ideias. Uma lógica utilitarista e que se não cuidarmos, assola nossa capacidade criativa.


Me permito hoje sentir esse desconforto e deixar que chegue e vá embora como uma onda. Permito colocar em palavras e nomear os sentimentos e pensamentos.

E assim, o que realmente importa aconteceu: estou presente.


✍🏻,

Amanda

 
 
 

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©2024 por Amanda Thomaz. 

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